terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

PESCA DORES E ESTRELAS


E esse ECLIPSE que NÃO PASSA...
Passam-se os HOMENS...
...Os ASTROS...
...Os ANTROS...
...Os PÓS...
... Os LÓGICOS...
E EU me sinto tão NA MESMA...
...tão CARETA.


— VOU CAGAR! DEPOIS EU COMO!...
— O BOFE NÃO GOSTA DE CARNE CAGADA...
ELE SÓ GOSTA DE COMER CARNE MIJADA.


Acho que EU ESTOU vivendo em uma ETERNA GAVETA de GIRAFAS EM CHAMAS...
...A MÃO QUE ME PERTENCE precisa trazer a SI o PUXADOR, pois necessito PESCAR em MINHA CAIXA DE PANDORA uma PÉROLA de RARA, de PURA e de PUTA BELEZA — DIAMANTE que a MIM é VERDADEIRO.
SÓ(,) a MINHA MÃO consegue manejar a VARA da PESCA.
Em CONJUNTO, ELA ME conta como SUA JANGADA, À BEIRA DE UMA DERIVA, conseguiu voltar do ALÉM do HARLEM MAR.

Num PERÍODO não muito REMOTO CONTROLE de nossa VÃ e VIU(L) EXISTÊNCIA, as ESTRELAS formavam-se em CONSCIENTE COLETIVO e transformavam-se em CONSTELAÇÃO. Agora, os ASTROS podem contar que:
— EU a prendi a BRILHAR no DIA em que me PERDI...

***






O TROCO ARTISTA E A ARTE TROCADA!

Se já chegamos a ACRE-DITAR que a ARTE nunca esteve atrelada a CIFRAS e CIFRÕES, provavelmente, foi porque tivemos um ligeiro IMPRESSIONISMO, em que a cortina de bruma seca exige a ausência da luz; ou que chegamos e ultrapassamos a BELLE ÉPOQUE saciados e inebriados de POLÍTICAS DE CONFRONTO e CONFORTO. 
Ao mesmo tempo em que somos alimentados, alimentamos o SONHO e a NATUREZA REAL DÊ DINHEIRO: ELE sobrevive de ILUSÕES. CASO NÃO, como explicar a MATERIALIDADE DAS COISAS que o DIN-DIN representa?!
(...)

REC: RECIFE-RECADOS


Estar de BARBA—PÊLO—PENTELHO—CABELO—BIGODE dá a (à) SENSAÇÃO de que se está mais velho.
Acredito em que VAMOS...
VEMOS...
VIMOS...
VIEMOS...
...VIVEMOS em um HOJE tatuado em cores
pela BURGUESIA, siliconado por próteses de POVO e financiado pelo REAL.
Assistimos à COMPRA, VENDA e FINANCIAMENTO de uma série de CÉDULAS de LÍNGUA(A)GEM...
...Nossa TROPA DE ELITE PENSANTE, GASTANTE e GESTANTE nunca esteve tão CABEÇA...
DE...
HIPPIE.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

MISTÉRIOS GOZOSOS

SEXTA-FEIRA: 28 de JANEIRO de 2011
Estava eu abancado à mesa em um bar (VARANDA DO TADEU), em Vitóra de São Tão Tão, quando brotaram certas palavras no mundo das minhas ideias:
O quê me importa se ELE é casado e EU sou apenas uma mulher?! Amada e amante, dizem-me de passagem.
ELE é o homem e oferece a mim aquilo que OUTRAS tantas feito EU buscam, procuram e não encontram ATENÇÃO e, muito menos, ATRAÇÃO, na boca carnuda de seu macho, mesmo que manifestados em raros e, aparentemente, eternos instantes de contato.
Seu polo é POSITIVO; o meu, a OUTRA, é NEGATIVO. A verticalidade do signo dele atravessa a linha do horizonte do meu. E quando cruzam, sinto o seu AMOR se derramando sobre minha geografia. É como rio que atravessa um caminho sinuoso, corta as cidades de meu corpo, deságua em minha nascente e inunda o sertão semi-árido de meus sentimentos. Em face desse espelho d'água, não reclamo do nada.
Bem sei a dor e a delícia de SER o quê é e também as incertezas dos perigos desta VIDA: BANDOLEIRA, DESREGRADA e INESCRUPULOSA - aos olhos de tantas OUTRAS.
Destruidora de lares - esta carapuça não cabe a mim; triângulo amoroso - não é este espaço em que nossa relação se inscreve. Não fui EU a pessoa responsável por traçar o primeiro vértice. Não são todos os transferidores que conseguem indicar os ângulos dessa figura geométrica ora plana, ora espacial.
Preciso escrever aquilo que sinto, do contrário enlouqueço e subo pela quarta parede à procura dos pés, de rabo e de mesa, do meu macho. O adoro quando ele me joga na muralha da alcova e me chama de lagartixa, e retribuo sua ação com um balançar de cabeça descompassado, corpo e membros frenéticos.
EU sei, amor, eu sei que agora ELE está lá com a OUTRA, mas, mesmo assim, EU não me importo. ELE é HOMEM o suficiente para cumprir com aquilo que sempre me promete quando a AURORA canta de noitinha e de manhã volta a cantar.
E se o AMOR é um sentimento que se manifesta sob máscaras, formas ou fórmulas diversas, é sobre a face nua e crua que em mim ele anoitece.